sexta-feira, 25 de março de 2011

domingo, 13 de março de 2011

Círculo Aberto - 25 de Março em Viseu

Pretendendo criar uma dinâmica no encontro de ideias, opiniões e reflexões de diversas índoles, o Jornal IMPRESSO, em parceria com o clube House Moments vai lançar no próximo dia 25 de Março, em Viseu, o programa “Círculo Aberto”.


“Círculo Aberto” é um programa apresentado sob a forma de debate, com o principal objetivo de reunir pessoas, anónimas e menos anónimas, e com diferentes sensibilidades, para discutir diversos temas da atualidade.

Este formato de programa, isento de qualquer conotação partidária, religiosa, militar ou de outra natureza, pretende criar um espaço dedicado ao debate de ideias e opiniões, promovendo a reflexão sobre assuntos de caráter social, político, ambiental, económico, financeiro, entre outros, e que influenciam o presente e futuro da nossa sociedade e que por isso devem ser alvo de dedicada atenção e discussão.

Cada sessão do programa, que ocorrerá uma vez por mês na cidade de Viseu, no salão principal do clube House Moments, terá um convidado especial, de referência nacional ou internacional, e que lançará a debate ao público presente um tema da sua escolha.

Todas as sessões serão abertas ao público em geral, mediante inscrição prévia, de modo a evitar a sobrelotação do espaço, o que poderia prejudicar a boa condução do programa e o fim a que se destina.

Para organizar/moderar os debates e trazer convidados à praça, este programa conta com a colaboração permanente de José Carreira, professor nas áreas de português e história e mestrado em trabalho social, Jorge Azevedo, professor do ensino especial e mestrado em geriatria e gerontologia, Jorge Silva, investigador e diretor executivo da Sociedade Portuguesa de Empreendedorismo, Marcelo Gama, diretor financeiro do Grupo SH e Cláudia Sofia, gestora de conteúdos do jornal IMPRESSO.

Em parceria com a Dão Tv, este programa será transmitido em direto através do canal Dão Tv, disponível na internet, sendo posteriormente o seu conteúdo colocado ao dispor do cidadão em geral através da mesma plataforma.

O primeiro convidado

A primeira sessão do “Círculo Aberto” está marcada para o dia 25 deste mês, com início às 21.30h, e será moderada por José Carreira, que trará como convidado Joaquim Jorge, professor e autor do blogue “Clube dos Pensadores”, que lançará em debate aberto o tema “Os jovens e a política”.

DESAFIO FINGERTIPS



Os Fingertips lançam um novo desafio a todos os amantes de música. A Banda convida os Artistas Nacionais a produzirem um cover do seu novo single "Dreaming Of The Moon", incluído no novo álbum de originais "Venice" que será lançado no dia 26 de Março.
O passo seguinte do Desafio Super Cover é produzir um video ( usando o telemóvel, máquina fotográfica, máquina de filmar), e fazer a inscrição em www.thefingertips.com a partir do dia 3 de Abril.

Esta inscrição pode ser feita por Equipas, podendo os Artistas criar uma parceria com um Órgão de Comunicação Social e desta forma conseguirem uma maior promoção do seu talento,

Os vídeos ficam disponíveis no Facebook dos Fingertips para votação pública até ao dia 24 de Abril, o Artista mais votado ganha um FANTÁSTICO IPAD e a oportunidade de subir ao palco com a Banda no dia 7 de Maio.

Mais informação em www.thefingertips.com

quinta-feira, 3 de março de 2011

Opinião... que dá que pensar!!!


A resistência de Sócrates
serve Portugal



Num artigo do "Financial Times" desta semana, Paulo Rangel e Marques Mendes são citados como sendo a favor de que Portugal peça ajuda externa o mais rapidamente possível.
Parece que as coisas se perspectivam mais ou menos assim, para alguns dirigentes do PSD: Portugal é forçado a pedir apoio maciço externo, reconhecendo de uma vez por todas que as taxas de juro da divida pública são incomportáveis. Imediatamente o Presidente da República convoca eleições, que o PS vai perder e o PSD vai ganhar, quem sabe até com maioria absoluta. Haverá lugares para "boys" e "girls" que estão fora do poder há anos. E o principal problema de Portugal, isto é, o facto de termos um governo liderado por José Sócrates, ficará resolvido. Vamos todos à nossa vida renovados, com o sol a brilhar e os horizontes largos. A cereja em cima do bolo será que o PSD poderá enquanto governo responsabilizar o PS, a Angela Merkel, a Comissão Europeia, ou o Jean-Claude Trichet, à vez, por tudo o que de medidas de austeridade tiverem que ser tomadas durante toda a legislatura.

Infelizmente, esta atitude tão "blasé" do PSD em relação à inevitabilidade da ajuda externa é contrária aos interesses do País. A ideia de que uma intervenção externa igual à da Grécia e Irlanda pode ser benéfica para Portugal já foi desconstruída várias vezes. Desde logo, pelo que está a acontecer naqueles dois países: desde que solicitaram ajuda as taxas de juro associadas às suas dívidas públicas não desceram. Pelo contrário. Actualmente os mercados estão interessados em testar a solidez do euro. O que está em causa é a própria sobrevivência da moeda única.

Se houver ajuda externa nos mesmos moldes que na Grécia e na Irlanda, haverá sérios efeitos económicos, como tão bem explicou Pedro Santos Guerreiro no editorial de quarta-feira deste jornal. A começar pela fuga de capitais que afectará os bancos, mas não só. Haverá também gravíssimos efeitos políticos, que atingirão não apenas o PS mas toda a classe política com responsabilidades governativas desde a entrada de Portugal na UE. A crise de soberania política que se abaterá sobre nós fará alicerces em cima de um fosso crescente que existe e tem vindo a agravar-se desde 2003 entre políticos e cidadãos. Por isso, esta ânsia do PSD em derrubar Sócrates, ao ponto de abrir os braços a uma ajuda externa maciça é um bocadinho como aqueles que apoiaram a guerra no Iraque porque serviu para tirar o Saddam do poder.

Ao longo dos últimos meses, José Sócrates e Teixeira dos Santos têm feito bem em resistir às supostas evidências de necessidade de recurso à ajuda externa invocadas por um coro de operadores económicos, muitas vezes anónimos, e agora pelo PSD. Sócrates será teimoso, mas a sua resistência tem objectivos políticos reais. Porque enquanto Portugal tem resistido, a conjuntura e a forma de auxílio a Portugal tem-se tornado ligeiramente mais favorável.

De facto, essa resistência já deu frutos. Quais? Bem, tem servido para que a Europa - e sobretudo a Alemanha - dêem passos no sentido de assumirem esta crise como uma crise do euro, e não uma crise dos "gastadores do Sul". Temos de assumir as nossas responsabilidades no que respeita ao défice orçamental, mas não somos responsáveis pela vontade que alguns operadores de mercado têm de testar a solidez da moeda europeia. No momento que escrevo, Sócrates e Merkel reúnem para decidir se vai ou não haver uma possibilidade de acesso a uma linha de crédito europeia, sem necessidade de recurso a ajudas maciças, desde que o País se comprometa com objectivos de redução de défice e de reformas. Seria um bom compromisso.

Visto desta perspectiva, o PSD não deveria fazer mais do que colocar-se responsavelmente na oposição, tal como sugere Pacheco Pereira numa entrevista desta semana honrando os seus compromissos tanto orçamentais como do PEC I e PEC II. E apoiando patrioticamente os esforços do Governo em negociar na UE um acordo que impeça que Portugal sirva como mero "firewall" de Espanha, essa sim o verdadeiro teste à solidez do euro. Neste momento, tempo é dinheiro e mais do que isso. Tempo é soberania.


Politóloga
marinacosta.lobo@gmail.com
in "negócios"