terça-feira, 30 de março de 2010

opinião

Legitimidade reforçada

Por: Almeida Henriques*

A vitória de Pedro Passos Coelho com 61%, na eleição mais disputada do PSD, cerca de 50.000 votantes, é o principal facto da semana e é a resposta dos militantes a um apelo de Mudança, a um virar da agulha na condução do partido.

Acompanhámos uma disputa leal e intensa, com elevação no debate, tirando partido do contacto directo como os militantes e simpatizantes e adoptando os novos meios “on line” que marcaram as campanhas dos três candidatos.

A vitória expressiva de Pedro Passos Coelho, foi a resposta dos militantes, afinal o partido estava mais unido do que se dizia, existia um enorme fosso entre as bases e a cúpula, os militantes expressaram livremente o seu voto, quiseram a mudança e um novo rosto, sem compromissos com o passado recente.

O novo Presidente do PSD tem legitimidade acrescida para se apresentar ao Congresso defendendo as suas ideias para a condução do PSD e apresentar equipas renovadas.

No dia da vitória, desde logo demonstrou a sua enorme formação humana, ao invés da postura de quem tudo sabe, apresentou uma intervenção de humildade, dizendo que todos têm lugar no novo PSD, que a sua primeira prioridade é unir o partido em torno de um projecto que se constitua como alternativa ao PS e que ganhe a confiança dos eleitores.

O primeiro sinal positivo foi a disponibilidade demonstrada para integrar os seus dois adversários, Paulo Rangel e José Pedro Aguiar Branco, nos órgãos nacionais do PSD.

Logo de seguida, quando António Capucho colocou o seu lugar de membro do Conselho de Estado à disposição, Pedro Passos Coelho reiterou-lhe a confiança para continuar nesta função.

Já no inicio da semana deu também ao Grupo Parlamentar um sinal de normalidade, a Direcção actual deve continuar o seu trabalho com normalidade, só depois do Congresso se deve despoletar a eleição do novo líder do Grupo.

É o que se chama começar com o pé direito, coerente com as palavras e actos da campanha eleitoral.

O novo Presidente do PSD conquistou o partido, tem agora que consolidar a sua posição e dar a abertura à sociedade, os próximos tempos serão decisivos para consolidar a imagem de mudança e falar para os Portugueses, que estão carecidos de esperança e necessitam de um PSD com uma liderança forte, com um projecto alternativo ao PS.

Espera-se, pois, uma oposição responsável, mas firme, como disse Pedro Passos Coelho, não irá andar com o Governo ao colo, quer a estabilidade política sem se demitir do seu papel de oposição, construtiva mas determinada.

Há que arrumar a casa, unir o PSD e lançar uma caminhada responsável que nos conduza ao Governo, sem pressas, com as nossas bandeiras e ideias novas para sairmos do “atoleiro” em que o PS nos colocou.

Uma palavra final de agradecimento a todos os militantes e simpatizantes do nosso Distrito de Viseu, há muito não via uma mobilização tão genuína e de sã esperança no futuro; em cada momento foi visível que as Pessoas estavam envolvidas, com vontade de Mudar, pelo que os resultados não me surpreendem, obtivemos o segundo melhor resultado do País, 75% dos votos no nosso candidato.

Houve um excelente entrosamento entre mim, o Mandatário Distrital Dr. Francisco Lopes, o Mandatário Nacional Dr. Fernando Ruas, os Mandatários e Directores de Campanha Concelhios, bem como os da Juventude, e toda uma equipa de mais de cinquenta Companheiros que integraram a Direcção de Campanha alargada, a quem agradeço todo o empenhamento, entusiasmo e espírito de trabalho e luta.

Um agradecimento a todos os Companheiros, Militantes e Simpatizantes, aos que votaram e aos que participaram, foi graças a este amplo movimento que os resultados apareceram, sendo melhores do que as nossas mais optimistas expectativas.

Obrigado a todos, agora é hora de “arregaçarmos as mangas” ainda mais, para ajudarmos o novo Presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, a construir uma alternativa válida para Portugal.

*António Almeida Henriques
Deputado PSD


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