Apresentação do DECIF
(Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais)
Na presença do Governador Civil do Distrito de Viseu, do Presidente da Câmara Municipal de Tondela e de outros autarcas, representante do Regimento de Infantaria de Viseu, Comandante do Comando Territorial de Viseu da GNR, Comandante Distrital da PSP, representante da Autoridade Marítima, responsáveis da Autoridade Florestal Nacional, representante da Liga dos Bombeiros Portugueses, Presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu, Comandantes Operacionais Municipais, representantes dos Gabinetes Técnicos Florestais dos Municípios do Distrito de Viseu, Presidentes das Associações Humanitárias, Comandantes dos Corpos de Bombeiros e Presidentes das Associações Florestais e demais autoridades Civis e Militares, foi apresentado no Auditório Municipal de Tondela o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais do Distrito de Viseu/2010.
O Distrito de Viseu é constituído por 24 municípios divididos por 372 freguesias, que no seu conjunto ocupam uma área de 5.007 km2, com uma população residente de cerca de 400.000 habitantes e com a densidade populacional de 80 hab/km2.
Os espaços florestais, centrados em quatro espécies principais, pinheiro-bravo, eucalipto, carvalho e castanheiro, ocupam cerca de 2.000 km2 (40 % do território) o que, aliado à diversidade do Distrito, às alterações relativas ao aproveitamento e exploração da floresta, às alterações climáticas e à acumulação de material lenhoso no solo, podem criar condições para o desenvolvimento de incêndios florestais complexos e violentos.
Os incêndios florestais propiciam condições para o surgimento de situações complexas que são normalmente potenciadas por condições meteorológicas extremas de difícil ou muito curta previsão, podendo originar perdas de bens e vidas humanas, exigindo por isso a preparação e organização de um dispositivo adequado para os enfrentar, através da intervenção de forças de protecção e socorro quer na defesa da floresta, enquanto bem estratégico do País, quer na protecção das populações e do ambiente.
Assim é instituído um Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF), que garante em permanência, nos níveis distrital e municipal, a resposta operacional adequada e articulada, em conformidade com os graus de gravidade e probabilidade de incêndios florestais durante os períodos de perigo considerados.
Este Dispositivo é composto por 32 Corpos de Bombeiros Voluntários e um Municipal apoiados de forma integrada com um pelotão de GIPS e Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente da Guarda Nacional Republicana, meios humanos e materiais da Autoridade Florestal Nacional, Forças Armadas, Cruz Vermelha Portuguesa, Associação de Produtores Florestais, AFOCELCA, Autarquias e outros Agentes, apoiados por dois aviões ligeiros e um helicóptero médio no CMA de Viseu, um helicóptero ligeiro no CMA de Armamar, um heli médio e um pesado no CMA de Santa Comba Dão.
Releva-se também o envolvimento imprescindível dos Serviços Municipais de Protecção Civil, que promoverão o apoio mais diferenciado às Forças de Socorro.
Durante a Fase de maior envolvimento de meios, teremos um dispositivo de aproximadamente 750 Homens e Mulheres em regime de permanência de acordo com a disponibilidade de Meios no Distrito, reforçados pontualmente, com todos os meios e recursos não afectos de forma directa ao Dispositivo e que se encontram ocupados em outras acções de protecção e socorro.
A congregação de esforços e vontades, o motivar determinações aproveitando os recursos disponíveis, permitirão cumprir a complexa e difícil missão que está cometida a todos, e que tem sido cumprida com reconhecida competência.
Releva-se em particular, a abnegação e competência dos Bombeiros deste Distrito, o seu sentido de dever e disciplina, a sua coragem, com uma superior vontade de aprender para melhor ajudar, com total dedicação e empenho, que significa, estarem disponíveis para tudo dar e por isso, tudo merecendo receber.
O Distrito de Viseu, em especial os seus efectivos operacionais, mas também todas as entidades com especiais responsabilidades na defesa da floresta contra incêndios, numa procura constante de melhorar o que sempre fizeram, tudo farão para cumprir as obrigações a que, institucionalmente e no exercício dos seus deveres de cidadania, estão e se sentem responsabilizados, de modo a serem atingirmos os objectivos estratégicos definidos, porque, Portugal sem fogos Depende de todos.
O Governador Civil de Viseu agradece publicamente à Câmara Municipal de Tondela e, em particular, ao seu Presidente, Dr. Carlos Marta, a colaboração inexcedível que foi determinante para a dignidade com que decorreram os trabalhos de apresentação do DECIF/2010.
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