sexta-feira, 7 de maio de 2010

ENTREVISTA - Fingertips

Tudo aconteceu em 2003, quando um disco de estreia de uma também estreante banda portuguesa chegou às lojas de discos.

O disco chamava-se "All 'Bout Smoke N' Mirrors". A banda, Fingertips.
Formados por Zé (voz), Rui Saraiva (baixo), Alexis Dias (guitarra) e Jorge Oliveira (baterista), os Fingertips começaram assim a trilhar o seu próprio caminho na música moderna portuguesa. Nada ao acaso, nada sem querer. Tudo com intenção, tudo por querer. Querer ganhar, querer conquistar o seu lugar ao sol. Em inglês. Para Portugal e para o Mundo.
Em 2010, os FINGERTIPS iniciam um novo caminho.
Com a saída do Zé Manuel, que decidiu seguir uma carreira a solo, os FINGERTIPS sentem que é altura de procurar novas sonoridades, uma nova imagem e atitude para continuar na frente do panorama musical português, contando, para isso, sempre com o empenho de Rodrigo Ribeiro, Hélder Matos e o compositor principal Rui Saraiva, os elementos que deram corpo e substância aos FINGERTIPS.


As Termas de São Pedro do Sul foram o local escolhido para a finalíssima do Desafio RFM/LG.
(centro) Alexandre Sousa, vereador da Câmara de S. P. Sul e presidente da empresa municipal TERMALISTUR, durante uma conferência de imprensa sobre este Mega Evento Fingertips, representou o Município e o apoio que este tem dado à organização da final do desafio.
Rui Saraiva (esq) e Carlos Mário Pinto são os responsáveis pelo evento.


Desde Fevereiro deste ano, os FINGERTIPS têm vindo a percorrer Portugal à procura de uma NOVA VOZ, através do Desafio RFM/LG. Neste momento, já estão escolhidos os seis finalista, e dia 8 de Maio, Sábado, nas Termas de S. Pedro do Sul, no distrito de Viseu, será ouvido o nome daquela que será a NOVA VOZ FINGERTIPS.
Rodrigo Ribeiro, guitarrista da banda, esteve à conversa com o Made in Viseu, e aqui fica o que dela respigámos.

Madeinviseu - Estamos quase na recta final do Mega Evento que ditará a nova voz dos Fingertips. Como tem corrido todo este processo que se vem a desenrolar desde o dia 24 de Fevereiro?
Rodrigo Ribeiro - Tem sido um processo muito gratificante a todos os níveis. Foi uma iniciativa inédita e pioneira com a parceria da RFM e da LG, com a qual quisemos dar a oportunidade a todos aqueles que perseguem o sonho de se realizar no mundo da música.Na primeira fase deste desafio fizemos um roadshow por 8 cidades, conhecemos muita gente e, principalmente, grandes vozes e grandes talentos.

MiV - Que dificuldades encontraram pelo caminho?
RR - Tivemos alguns contratempos relacionados com o mau tempo, quer na Covilhã quer em Évora. Aparte das adversidades climatéricas a grande dificuldade foi de facto seleccionar os candidatos para as diferentes fases do desafio, o que atesta a grande qualidade de todos os que responderam.

MiV - A adesão dos concorrentes ao desafio foi enorme. Poderá-nos dar uma ideia do número de vozes que foram ouvidas até se chegarem aos últimos seis concorrentes?
RR- Enorme de facto, foram largas centenas de participantes repartidos pelas oito cidades.

MiV - Ao longo destes meses foram muitas as vozes eliminadas e várias as escolhidas, até chegarmos ao reduzido número de seis finalistas. Foi uma tarefa difícil o processo de selecção?
RR - Tinhamos uma ideia das dificuldades que poderiamos encontrar, ainda assim as expectativas foram largamente ultrapassadas para nossa agradável surpresa, o que, como é obvio, dificultou o processo de selecção. Mas ainda bem que assim foi. Fomos deixando para trás pessoas com grande qualidade e com capacidade para singrarem no mundo da musica mas que por uma razão ou por outra, com base nos critérios que tinhamos definidos, tivemos de preterir em detrimento de outros.

MiV - Quem compõe o Júri que selecciona as melhores vozes e quais os critérios escolhidos?
RR - O júri é composto pelos Fingertips, representantes da indústria discográfica, por um conhecido estilista e por representantes da RFM e da LG. Os critérios passam por um compromisso entre diversos factores, desde já as capacidades vocais, de imagem, criatividade, comunicação, domínio da língua inglesa, química e entrosamento com todo o staff e com todos os nossos métodos de trabalho. No fundo, todos os factores que são fundamentais quer em trabalho de grupo quer na própria industria musica.

MiV - E já agora... Portugal tem boas vozes?
RR - Portugal têm grandes vozes, na sua maioria anónimos. Muita gente a perseguir o sonho de cantar e a fazer por merecer. Infelizmente as oportunidades são escassas no nosso mercado.

MiV - Esta iniciativa é inédita na medida em que optaram por fazer um "concurso de vozes", a nível nacional, e de entre um público anónimo, para escolher aquela que representará os Fingertips, aliás um grupo que já está bem cimentado na área musical... Como é que surgiu esta ideia?
RR - A ideia é simples. É verdade que teria sido mais confortável convidar alguém já com provas dadas no mundo da música para se juntar a nós, mas sentimos que deviamos abrir a banda a novos talentos, com a convicção profunda de que há de facto muito talento anónimo, com vontade e enorme paixão pela música mas sem oportunidades. A ideia foi proporcionar exactamente essa oportunidade, e também a esse nivel esta acção está a ser um sucesso.

MiV - Um evento destes tem um orçamento dispendioso. Quem vos apoia?
RR - Todo este desafio foi feito em parceria com a radio líder de mercado, a Rfm e com a LG electronics.

MiV - Estamos prestes a concluir o desafio. Que balanço faz destes meses?
RR - Foi um desafio completamente conseguido e que nos enche de orgulho. O balanço é muito mais que positivo, quer por todas a pessoas que responderam ao desafio e que tivemos o enorme prazer de conhecer, quer pelas cidades que nos acolheram de forma fantástica. De fase em fase testemunhámos a qualidade e o valor de muita muita gente e esse é o ponto mais importante.

MiV - Para finalizar, e porque só um concorrente será escolhido, acredita que ganhar este desafio e ser a nova voz dos Fingertips poderia, para muitos jovens, ter sido um "Sonho Português"?
RR - É uma pergunta que teria de ser colocada a cada um deles. O facto de só um poder ser a nova voz dos Fingertips não significa que o sonho acabou para os outros. Por cada oportunidade que se perde novas surgem, e a avaliar por todo o talento que presenciámos "in loco", acreditamos que muita gente poderá ter de facto futuro neste meio, mas os Fingertips dão ao vencedor discos e palcos como é o exemplo já no dia 30 deste mês cantar no Rock in Rio,e ter uma carreira ´sólida na música passa de um sonho para uma feliz realidade.


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