terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

TURISMO


Moçambique luta para evitar perda de turistas


Fernando Sumbana, Ministro do Turismo de Moçambique


Lisboa - Moçambique está lutando para não perder turistas em 2009, depois do melhor ano de todos os tempos em visitantes e receitas, com campanhas de publicidade, promoção de investimentos e liberalização de vôos, afirmou o ministro do Turismo moçambicano.
Fernando Sumbana disse à Lusa que em 2008, o número de turistas cresceu 16%, para 1,5 milhão, o mais elevado de sempre, e as receitas turísticas atingiram US$ 185 milhões, segundo números preliminares, mas o novo ano apresenta-se mais complicado."

A crise pode significar menos turistas, mas em 2008 não significou. Este é um ano em que gostaríamos de ter mais, mas também um ano de alguma incerteza. Espero que empresas que já têm investimentos em carteira avancem, temos sinais positivos", afirmou Sumbana durante a Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), um de vários eventos europeus e asiáticos de promoção da marca "Moçambique".

Está previsto um investimento público de US$ 1 milhão em ações de promoção, mas a parceria público-privada com operadores e agências de turismo permite trabalhar com um orçamento global de US$ 5 milhões.


Fernando Sumbana, Ministro do Turismo de Moçambique e Miguel Mkaima, Embaixador de Moçambique em Portugal
Na BTL, Portugal e Moçambique assinaram um acordo de cooperação que prevê a colaboração na formação (nos domínios da inspeção, classificação de estabelecimentos hoteleiros, promoção e estatística) e em ações de promoção, não só junto de turistas, mas também dos investidores de que o país africano precisa para erguer novas infra-estruturas hoteleiras.
"Este protocolo é um sinal sobretudo aos investidores, alguns deles estão em período difícil, de que é possível investir e ter retornos em Moçambique. As empresas que apostarem lá vão ter retorno, mesmo com esta crise global", afirmou Fernando Sumbana.
Os trunfos moçambicanos, além dos naturais, são um novo código de investimento que "dá maiores garantias e incentivos, isenções para importação de tudo aquilo que não existe [em Moçambique], mais benefícios fiscais e deduzir investimento à carga fiscal nos próximos anos, até seis anos".
Actualmente, citou, os cerca de 20 novos projetos de investimento portugueses em carteira somam US$ 90 a 100 milhões, mas muitos outros pequenos projetos estão fora deste total.Visabeira e Pestana "estão em fase de expansão de volume de investimentos e qualidade" e Moçambique "espera que outros investidores possam seguir este exemplo", disse.
Parte das esperanças moçambicanas residem no Mundial de Futebol da África do Sul (2010), que pode ser uma "plataforma para criar mais visibilidade e notoriedade" para o país.
"Não é dos 600 mil visitantes de incremento em 2010 na África do Sul que havemos de alimentar toda esta campanha de investimentos em Moçambique. O campeonato expõe a nossa região ao mundo inteiro, faz com que pessoas passem a saber onde é Moçambique, visitem o país antes, durante e sobretudo depois, e que isso deixe um legado de infra-estruturas", disse.
A promoção moçambicana vai centrar-se em mercados como Portugal, Alemanha, Grã-Bretanha, Itália, Estados Unidos (segmento de caça) e também na China."Pretendemos explorar o grande potencial do mercado chinês, que vai crescer nos próximos tempos com escalas extremamente elevadas. Conseguimos ser eleitos para ser destino [oficial chinês] e começamos com um número modesto. Se conseguíssemos trazer 13 mil turistas ia significar uma vez por semana ter um Jumbo da República da China", disse.
Stand representativo de Moçambique presente na BTL
Fonte: Lusa

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