sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Em Viseu - Presidente da Galp admite nuclear como solução energética



O presidente executivo da Galp Energia considerou quinta-feira, em Viseu, que, em Portugal, mesmo com as energias renováveis «levadas ao extremo, apenas é possível uma produção entre 15 a 20 por cento de energia», pelo que uma das soluções poderá ser, eventualmente, o nuclear

Contudo, salientou, a opção nuclear exige um debate «político e profundo com o cidadão».

Na melhor das hipóteses, Portugal conseguirá atingir, nos próximos anos, um consumo de energias renováveis na ordem dos 18 por cento, salientou.

Manuel Ferreira de Oliveira realçou «o esforço do Governo português, nos últimos anos, para promover as energias renováveis» mas admitiu que elas «vão continuar a representar uma pequena percentagem do consumo de energia».

«Na melhor das hipóteses, chegaremos a um consumo de energias renováveis na ordem dos 18 por cento», sustentou.

Durante a conferência Novas Respostas da Energia, promovida pela Fundação INATEL e Fundação Mário Soares, que decorreu quinta-feira à noite, em Viseu, Ferreira de Oliveira referiu que a energia fóssil continuará a ser a grande fonte de energia primária.

«Manteremos a percentagem de consumo de energia fóssil na ordem dos 76 a 80 por cento», informou.

O presidente da Galp Energia alegou que «Portugal não tem a felicidade de ter recursos fósseis, pois as minas de carvão já fecharam e também não há gás, nem crude».

No entanto, «para que o país se possa afirmar como autónomo, é preciso garantir o acesso às fontes energéticas. Como aqui não as temos, a solução passa por nos associarmos a quem as tenha».

Manuel Ferreira de Oliveira defendeu que Portugal deve, através da via empresarial, investir nos países que são grandes abastecedores.

«É preciso fazer com que abram as portas aos portugueses para que passem a produzir nesses países. Esta é uma forma de reequilibrar a balança comercial», explicou.

Para já, o é melhor «utilizar a energia com racionalidade, pois diariamente todos nós desperdiçamos energia».

Fonte: Lusa / SOL


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