Viseu somos todos nós
Com uma dinâmica impressionante, o Dr. Fernando Ruas apresentou no Hotel Grão Vasco a sua recandidatura à Câmara de Viseu, numa sala a abarrotar de pessoas representativas de toda a sociedade viseense, da cidade e das diferentes freguesias, sentiu-se a estima e reconhecimento que todos nutrem pelo nosso Presidente, um anúncio já esperado e desejado.
O lema Viseu somos todos nós reflecte duma forma feliz a partilha dos bons resultados com todos os viseenses, afinal de contas o salto que Viseu deu nestes últimos 20 anos é fruto de uma liderança firme e de uma sociedade dinâmica com Pessoas determinadas, com associações e empresas que têm percebido o seu papel no nosso desenvolvimento e, ao mesmo tempo, é uma assumpção humilde de partilha dos sucessos.
Desde a primeira candidatura, centrada no lema “Levar o Rossio às Aldeias”, grande foi o salto que deu o nosso Concelho, no diminuir das assimetrias entre a cidade e as aldeias, no desenvolvimento económico, na dinâmica do ensino nas suas diferentes vertentes, na cultura e no desporto, no apoio aos jovens e aos seniores, um percurso que a todos nos orgulha, uma autêntica “onda” de envolvimento de todos os cidadãos.
Sentimo-nos orgulhosos quando recebemos visitas e ouvimos os elogios ao salto que conseguimos dar, ao facto de sermos um dos poucos Concelhos do interior que conseguiu fugir ao fatalismo da desertificação, o elogio à harmonia dos nossos jardins, ao civismo da cidade que a tornam na mais limpa, para já não falar do desenvolvimento urbanístico.
A este propósito é justo reconhecer a estabilidade no responsável por esta área na autarquia, refiro-me ao Engº. Sousa, pessoa que tem garantido uma linha de continuidade nos últimos trinta anos, com grande sabedoria e conhecimento técnico, que o colocam entre as pessoas mais respeitáveis e conhecedoras em matéria de urbanismo a nível nacional.
Como balanço de mais quatro anos de mandato, salta à vista a capacidade concretizadora desta autarquia, só manchada pela sucessiva falta de comparência aos compromissos por parte da administração central e do governo socialista.
À cabeça, a enorme frustração de colocar na prateleira a criação da Universidade Pública de Viseu, um projecto de grande valor que envolvia empresários, duas Universidades internacionais, uma empresa multinacional na área da saúde, vivemos quatro anos de vazio, o PS rejeitou o projecto apresentado pelo Governo de Durão Barroso e não apresentou nenhuma alternativa.
A Grande Área Metropolitana de Viseu, que tanto trabalho deu a implantar no terreno, foi ceifada pelo Governo do PS, colocada em banho -maria durante mais de dois anos e por fim substituída por uma entidade forçada pelo poder central que mais não é do que uma plataforma de gestão de fundos comunitários, mais um sonho em grande que ficou pelo caminho.
A ligação de Viseu à via férrea era um tema presente, discutia-se a ligação à linha da Beira Alta ou a construção de uma nova via que ligaria Aveiro a Viseu e à referida linha; com a miragem do TGV, prometido à exaustão, tudo é colocado na gaveta e Viseu continua a ver passar os comboios, mas longe, … mais um sonho também adiado para data incerta.
A auto estrada Viseu Coimbra estava desbloqueada com o Governo de Durão Barroso e com o corredor definido, um mandato socialista depois, parece estar em causa a adjudicação desta obra fundamental; por mais desculpas que o líder socialista procure inventar, a única responsabilidade por mais este adiamento pertence ao Governo PS, afinal de contas está no poder há mais de quatro anos e meio e teve muito tempo para tratar deste assunto, não se deixa para fim de legislatura.
E que dizer do não cumprimento do contrato assinado que levaria à construção da Escola de Ranhados, adiada sucessivamente com desculpas de mau pagador, mais uma obra da responsabilidade do poder central que nem começou.
O Arquivo Distrital é mais outra má prestação do Governo socialista, adiamentos atrás de adiamentos, sabemos agora que o projecto está em fase de remodelação e que nem candidatura existe a esta infra-estrutura.
Em suma, nada do que era estruturante e da responsabilidade do poder central avançou neste mandato, em contraste com a capacidade concretizadora da autarquia, de facto Viseu somos todos nós, mas há viseenses com grande responsabilidade que nada fizeram para contrariar este movimento constante de penalização de Viseu, por parte do poder socialista.
Há viseenses com responsabilidades que se auto excluem da defesa da nossa terra, numa atitude subserviente que de pouco lhes serve.
Veja-se o caso do Dr. Miguel Ginestal, o líder a quem tantos fretes fez, não deixou de lhe tirar o tapete.
A nossa lealdade, em primeira linha, é às nossas gentes, aos que em nós confiam, acima dos interesses partidários.
Faz bem , Dr. Fernando Ruas, em não deixar cair estas bandeiras, em as eleger como principais pilares da sua recandidatura.
Sabemos que a autarquia continuará o percurso a que já nos habituou, só faltou mesmo um poder central a puxar da mesma forma por Viseu e ainda mais longe teríamos chegado.
Os viseenses são pessoas reconhecidas, sabem apreciar o trabalho, as sucessivas vitórias do PSD na autarquia são prova disso.
Neste último mandato do Dr. Fernando Ruas, a melhor forma de lhe dar a confiança e o reconhecimento pelo abnegado trabalho por Viseu, seria elege-lo com um resultado histórico, reforçando a actual maioria, estou convicto que os viseenses concordarão com este meu pensamento.
Por: António Almeida Henriques (Deputado PSD)
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