quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Opinião

PSD- Reflectir sim, mas agir com celeridade

Depois de uma vitória nas eleições europeias, onde pontificou a perfomance do Dr. Paulo Rangel mas, sobretudo, o voto penalizador dos portugueses face ao Governo Socialista, era grande a expectativa quanto aos resultados das legislativas e das autárquicas.

Nas legislativas, com um terreno favorável, não conseguimos ir além de um fraco aumento de sete Deputados, deixando que o CDS-PP crescesse bastante, sem conseguirmos fixar o eleitorado do centro, aquele onde se podiam contar os diferentes descontentamentos suscitados em quatro anos e meio de Governo do PS.

A verdade é que a estratégia foi inexistente, o PSD não conseguiu passar uma mensagem de esperança e, muito menos, assumir-se como alternativa, isto é, numa clara luta de personalidades, a Dra. Manuela Ferreira Leite não se conseguiu assumir como alternativa ao Engº. José Sócrates.

Nas Autárquicas, conseguimos manter a posição de liderança quanto ao número de Presidências de Câmara, mas o resultado está longe de ser lisonjeiro, salvaguardem-se situações como o reforço de resultados em Viseu, Lamego, Tondela, Oliveira de Frades e Nelas e a manutenção em Santa Comba Dão, S. Pedro do Sul, Armamar, S. João da Pesqueira, Sernancelhe, Penedono, Sátão, Vouzela, Penalva do Castelo e Carregal do Sal, para me referir só ao Distrito de Viseu; a perda de cinco Câmaras no Distrito também nos deverá merecer a mais profunda reflexão.

Assim , é chegado o momento de com firmeza mas duma forma mais ou menos célere, o PSD definir um cronograma que permita ter desde já uma percepção da forma como se desencadeará a discussão interna, seguida de marcação de eleições que permitam escolher uma nova liderança, que tenha na sua base um projecto novo.

Não me parece que existam condições para levar o mandato até Maio, viver-se-ia um período de agonia que impediria assumir uma liderança da oposição, dando espaço à direita e à esquerda.

Importa clarificar, sem pressas, concordo, a continuidade não é defensável, é preciso encontrar um caminho novo que dê esperança ao País.

Um rumo que dê a possibilidade de começar um novo ciclo, da criação de redes internas, de maior interacção com a sociedade, que permita ao PSD retomar a sua implantação urbana e de proximidade com as populações, que as pessoas se revejam em nós e nos olhem como a verdadeira alternativa de poder.

Iremos viver tempos de escolhas, os que se sentem com perfil para a liderança devem manifestar-se e assumirem-se, devolver aos militantes o direito de escolha democrática, para depois se acabarem com os grupos e grupinhos que só têm contribuído para o enfraquecimento do PSD.

Este novo percurso terá que ser feito com rostos novos, uma liderança de uma nova geração, obviamente sem menosprezar ou diminuir o contributo de muitos históricos que ajudaram a implantar e crescer o nosso PSD.

Se este percurso é fundamental para o País, não o será menos para o Distrito.

O poder pelo poder não leva a nada, a politica é para as Pessoas, como nos ensinou Sá Carneiro, também no Distrito o PSD tem que ter projecto em que a maioria se reveja e participe, o PSD não é propriedade de ninguém em particular, mas de todos os militantes, a sua intervenção não pode ser intermitente, mas continuada, a sua linha condutora tem que ser discutida nos órgãos próprios e não ao sabor dos acasos.

Somos o segundo maior partido português, temos o maior número de Câmaras e assumiremos com Fernando Ruas, estou certo, a presidência da Associação Nacional de Municípios, temos que estar à altura dos desafios.

Por: António Almeida Henriques

Deputado PSD


1 comentário:

Anónimo disse...

Este 'artolas' esquece-se de que o partido dele já foi governo várias vezes!... E pensa que a ridícula colagem a Fernando Ruas e ao Rangel vai ajudá-lo na fotografia. Mas que tótó!... Deus nos livre se o PSD do futuro vai continuar a dar emprego a imbecis destes que nunca fizeram nada na vida.

António A.C.M. Figueiredo / Tondela