CENTRO DIVIDIDO, MAIS UMA VEZ
Por: Almeida Henriques
Na última Assembleia Municipal de Viseu efectuei uma intervenção onde pretendi alertar para o erro cometido pelo Governo em matéria de criação de novas estruturas no domínio dos vinhos.
O Governo andou cinco anos para tomar a decisão mais errada no que concerne às Comissões Vitivinícolas da Região, dizendo que em vez de uma irá criar duas e empurrar uma sub-região para o Douro.
Já num artigo que escrevi em 29 de Dezembro de 2006, dizia que “ poderemos estar a desperdiçar uma oportunidade única para criar uma só Comissão Vitivinícola na Região, unindo aquilo que deve ser unido, garantindo dimensão, diversidade na qualidade e uma estratégia única de promoção do vinho, como um dos principais produtos endógenos do nosso Centro, apostando no mercado externo e nas exportações”.
Aí está, com esta decisão, o Dão fica numa Comissão com Lafões, a Bairrada com a Beira Interior e “empurra-se” Távora - Varosa para o Douro, divide-se o que devia estar unido.
Como se verifica da análise do Mapa, nem as regiões Bairrada e Beira Interior são contíguas, como fará pouco sentido esta decisão.
Infelizmente, os actores regionais não perceberam que fizeram o jogo do Governo, é melhor dividir para que a falta de dimensão permita fazer o que se quer; para fazer o jogo dos que defendem um País com “risco ao meio”, isto é, do Mondego para cima Norte e para baixo Sul, um rude golpe na estratégia de Afirmação de uma Nova Centralidade.
Não teria sido possível concertar as posições em confronto e criar uma só Comissão Vitivinícola?
Com atitudes destas nunca conseguiremos construir uma verdadeira Região Centro, como já o demonstrámos quando se criou o Turismo do Centro, ficando de fora a Serra da Estrela e Leiria- Fátima.
Com esta atitude de se preferir “reinar” num quintal do que gerir uma quinta com dimensão, estamos a fazer o “jogo” dos que não pretendem a afirmação do nosso Centro de Portugal.
Mais uma vez, ficamos mais fracos, mas cada um dos protagonistas dorme com o sorriso de quem teve uma vitória.
É pena que o Governo não tivesse cumprido o seu papel, tinha instrumentos para o fazer, optou pelo caminho mais fácil, partir o que deveria ter ficado unido, perde-se uma excelente oportunidade de criar um organismo com “massa crítica” e dimensão, continuamos a “retalhar” o País, sem sentido estratégico, ao sabor de pressões e compadrios.
*António Almeida Henriques
Deputado do PSD
Por: Almeida Henriques
Na última Assembleia Municipal de Viseu efectuei uma intervenção onde pretendi alertar para o erro cometido pelo Governo em matéria de criação de novas estruturas no domínio dos vinhos.
O Governo andou cinco anos para tomar a decisão mais errada no que concerne às Comissões Vitivinícolas da Região, dizendo que em vez de uma irá criar duas e empurrar uma sub-região para o Douro.
Já num artigo que escrevi em 29 de Dezembro de 2006, dizia que “ poderemos estar a desperdiçar uma oportunidade única para criar uma só Comissão Vitivinícola na Região, unindo aquilo que deve ser unido, garantindo dimensão, diversidade na qualidade e uma estratégia única de promoção do vinho, como um dos principais produtos endógenos do nosso Centro, apostando no mercado externo e nas exportações”.
Aí está, com esta decisão, o Dão fica numa Comissão com Lafões, a Bairrada com a Beira Interior e “empurra-se” Távora - Varosa para o Douro, divide-se o que devia estar unido.
Como se verifica da análise do Mapa, nem as regiões Bairrada e Beira Interior são contíguas, como fará pouco sentido esta decisão.
Infelizmente, os actores regionais não perceberam que fizeram o jogo do Governo, é melhor dividir para que a falta de dimensão permita fazer o que se quer; para fazer o jogo dos que defendem um País com “risco ao meio”, isto é, do Mondego para cima Norte e para baixo Sul, um rude golpe na estratégia de Afirmação de uma Nova Centralidade.
Não teria sido possível concertar as posições em confronto e criar uma só Comissão Vitivinícola?
Com atitudes destas nunca conseguiremos construir uma verdadeira Região Centro, como já o demonstrámos quando se criou o Turismo do Centro, ficando de fora a Serra da Estrela e Leiria- Fátima.
Com esta atitude de se preferir “reinar” num quintal do que gerir uma quinta com dimensão, estamos a fazer o “jogo” dos que não pretendem a afirmação do nosso Centro de Portugal.
Mais uma vez, ficamos mais fracos, mas cada um dos protagonistas dorme com o sorriso de quem teve uma vitória.
É pena que o Governo não tivesse cumprido o seu papel, tinha instrumentos para o fazer, optou pelo caminho mais fácil, partir o que deveria ter ficado unido, perde-se uma excelente oportunidade de criar um organismo com “massa crítica” e dimensão, continuamos a “retalhar” o País, sem sentido estratégico, ao sabor de pressões e compadrios.
*António Almeida Henriques
Deputado do PSD
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