sábado, 3 de janeiro de 2009

Fotografia Táctil no Entroncamento


No âmbito do projecto DEVIR 2009, a Câmara Municipal do Entroncamento inaugura dia 3 Janeiro a exposição de fotografias em relevo, da autoria de Paulo Abrantes, intitulada Fotografia Táctil. Esta singular mostra vai estar patente na Galeria Municipal do Entroncamento, no Centro Cultural, até ao dia 11 de Janeiro de 2009, nos dias úteis das 15h30m às 17h30m e nos fins de semana das 15 às 18 horas. Paralelamente à exposição, no dia 3 Janeiro das 14:30 às 17:30H, o autor estará presente para a conferência “A fotografia acessível a todos” e realizará um Workshop sobre o processo de impressão de fotografias tácteis, seguido de inauguração pelas 17.30 horas.




Fotografias impressas em papel ZY-TEX 2, numa impressora ZY-FUSE, produzindo relevo nas formas fotográficas e conteúdo das imagens. A espessura desses relevos depende da intensidade da luz impressa, o preto corresponde à densidade máxima e o branco ausência de relevo. Entre os seus intervalos, na escala de cinzas, os relevos adquirem densidades diferentes. A fotografia em relevo permite, através do tacto, uma nova interpretação da imagem enquanto manifestação artística ou documental e introduz a pessoa cega no acesso à arte fotográfica. Através do tacto, sentido que adquire maior importância num invisual, a fotografia fica disponível a todos.

A fotografia inserida nos seus diversos conceitos; artístico, científico ou documental, tem assumido cada vez mais um papel preponderante nos nossos dias, na medida que estimula as nossas sensações e memórias. A imagem fotográfica é um meio de comunicação por excelência que, dentro das diversas das formas de comunicação e expressão, mais tem evoluído tecnologicamente.



A sua evolução, no domínio digital, tem sido tão galopante quanto a necessidade premente de estar actualizado às novas linguagens, concepções, teorias e utilizações. Este desígnio digital possibilita uma maior divulgação e utilização da fotografia, nomeadamente na impressão de novos suportes, criando assim novas linguagens e consequentemente nos públicos. É nesta perspectiva que a fotografia impressa num suporte que adquira relevo permite, através do tacto, uma nova interpretação enquanto manifestação artística ou documental e introduz a pessoa cega no acesso à arte fotográfica.


Através do tacto, sentido que adquire maior importância num invisual, a fotografia fica disponível a todos. A possibilidade de, lado a lado, todos terem acesso à interpretação (visual e táctil) da fotografia, remetenos para um imprescindível meio de inclusão: a proximidade entre as “diferenças”.

É através do contacto directo com as pessoas que as diferenças diminuem, que os preconceitos se esvaem e onde existe a oportunidade de melhorar a qualidade de vida das pessoas com necessidades especiais.



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