segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

REGIONALIZAÇÃO




O presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Fernando Ruas, manifestou-se esta segunda-feira favorável à regionalização como forma de equilibrar as assimetrias existentes no país, refere a Lusa.


«A posição da ANMP é conhecida, aprovámos a regionalização em congresso», disse o presidente da associação e da Câmara Municipal de Viseu, admitindo que um modelo assente nas cinco regiões plano (Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve) lhe parece melhor do que o proposto no anterior referendo.

«Um dos problemas de 1998 foi o mapa que foi apresentado», recordou Fernando Ruas, lembrando as divisões que seriam criadas, nomeadamente no distrito de Viseu, e que motivaram uma forte contestação ao referendo realizado naquele ano, em que os portugueses rejeitaram a criação de oito regiões.

«Este modelo centralizado, e então com este Governo, não trouxe qualquer vantagem ao desenvolvimento do país que, depois de todos os quadros comunitários, é hoje mais injusto», afirmou o autarca social-democrata.

«A regionalização é uma forma de equilibrar isto. Então para alguns municípios do Interior pior não é possível», considerou.

A moção do líder do PS, José Sócrates, apresentada domingo, prevê voltar a referendar a regionalização na próxima legislatura.

No documento, o PS assume-se como um partido a favor da regionalização, com base no modelo das cinco regiões. O líder parlamentar do CDS-PP, Diogo Feio, disse hoje ser «defensor desde há bastante tempo da regionalização» e defendeu que o processo será um «passo positivo» se for «feito com pedagogia» e «pensado no quadro de cinco regiões».

«Discordei de um mapa que era absurdo e que não teria bons efeitos [no referendo de 1998], mas se ela [regionalização] for pensada no quadro de cinco regiões e com uma vontade descentralizadora é um passo positivo», afirmou Diogo Feio.

Para o democrata-cristão «não deve haver precipitações» e «será importante fazer alguma pedagogia» junto dos portugueses para que familiarizem com o assunto.

«Espero que este seja um debate que se abra em todos os partidos políticos onde há opiniões diferentes, eu estou à vontade para falar porque pertenço a uma família política europeia que é a favor da regionalização», acrescentou.


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