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A Polícia de Segurança Pública (PSP) e os promotores do desfile, a Associação 25 de Abril, escusaram-se a avançar estimativas do número de pessoas presentes.
No entanto Fátima de Sousa, 44 anos, acredita que a crise pode ter motivado mais gente a saír à rua: "Não sou uma 'habitué', esta é a primeira vez que venho. Penso que se houver maior afluência a crise pode explicá-la, porque as pessoas unem-se nos momentos mais difíceis. Aqui sentem-se de alguma forma reconfortadas e com mais esperança", disse Fátima de Sousa à agência Lusa.
Pela sua parte, diz ter aproveitado o desfile para mostrar ao filho de 11 anos aquilo que se passou há 35 anos, adiantando que o desfile funciona como uma "uma lição de História".
"Profundamente descontente", afirmou-se Joaquim Medeiros, 69 anos, criticando a actual "situação de miséria e desemprego" que se vive no país.
"Hoje a liberdade é condicionada e até nas empresas já muita gente se retrai a falar. Estamos a viver uma democracia fascizante", disse.
Na mesma linha, também Graça Osório frisou a necessidade de construir "um Abril novo"
"Acho que a realidade do nosso país é dramática. O capitalismo fez-nos chegar ao ponto em que estamos. Neste momento muito difícil exige-se um Abril novo", disse abeirando-se de um chaimite para "sentir melhor a emoção".
A par das tradicionais causas de defesa da liberdade e dos direitos dos trabalhadores, o desfile acolheu este ano a defesa de novas causas como o apelo à participação eleitoral nas eleições europeias, o direito dos homossexuais à família e dos imigrantes à legalidade.
"Emprego e salários para todos. Não ao trabalho precário", "Democracia, liberdade e justiça são três irmãs gémeas. Umas sem as outras não têm valor. Corruptos e ladrões não", "Niguém é ilegal. Documentos para todos", "As famílias de Abril. Gays e Lésbicas pela igualdade" e "Quero mentiras novas. Falta ainda cumprir Abril", foram algumas das frases que desfilaram na Avenida da Liberdade, ao som de músicas de intervenção.
Dirigentes da Associação Nacional de Sargentos juntaram-se também ao desfile, criticando o que considera ser o "afastamento institucional" dos militares da organização da iniciativa.
"Isto é muito estranho até porque foram os militares que troxeram a democracia aos cidadãos", disse António Lima Coelho, presidente da associação, sublinhando o carinho que a "família militar" recebeu durante o desfile.
A Avenida da Liberdade acolheu também este ano os lamentos das vendedoras de cravos, que se queixam que a crise está a dar cabo do negócio.
JAN D`VRIES DA CORNELDER PROJECTA MANUSEAR CERCA DE 4 MILHÕES DE TONELADAS
DE CARGA GERAL ESTE ANO NO PORTO DA BEIRA E AUMENTAR A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
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" Porto da Beira projecta manusear cerca de 4 milhõesde toneladas de carga
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Há 5 meses
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