sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

João Gonçalves

«Já vi que sozinho não consigo nada»

- Greve de fome terminou -


O presidente da delegação de Viseu da Associação de Deficientes das Forças Armadas terminou hoje a greve de fome que mantinha há seis dias, com o objectivo de exigir a reposição dos direitos dos ex-combatentes.


Por volta do meio-dia de hoje, o presidente da delegação de Viseu da Associação de Deficientes das Forças Armadas (ADFA), João Gonçalves, decidiu «dar ouvidos aos muitos pedidos que foram chegando para suspender a greve de fome».


«Encontro-me num estado muito debilitado e a minha família já estava muito preocupada», acrescentou.


João Gonçalves, presidente da delegação de Viseu ADFA, decidiu fazer greve de fome em protesto contra os cortes nos direitos à saúde e na actualização de pensões, previstos no Orçamento de Estado para 2009.


Apesar de «não ter conseguido atingir o objectivo de repor os direitos dos ex-combatentes», João Gonçalves decidiu terminar a greve de fome que mantinha há seis dias.


«Já vi que sozinho não consigo nada», lamentou.


Na sua decisão, pesou «a insistência do deputado do PSD na Assembleia da República, Almeida Henriques, que prometeu lutar pelos direitos dos ex-combatentes».


«Não descansou enquanto não me levou a comer uma sopa», referiu.


O ex-combatente sublinhou que ao longo dos seis dias em que ingeriu «apenas água», recebeu «o apoio de muita gente».


«Recebi um telefonema do autarca de Viseu, a visita do autarca de Mangualde, da direcção nacional da Associação de Deficientes das Forças Armadas e ainda representantes do CDS/PP, Bloco de Esquerda, PCP e PSD. Só do PS é que não», alegou.


João Gonçalves manifestou «a vontade de ainda vir a conversar com representantes do PS».
«Gostava muito de lhes poder apresentar as nossas razões, já que mexem com direitos que deviam ser garantidos», afirmou.


O presidente da delegação de Viseu ADFA vincou que «a luta é para continuar, mas agora de outra forma».


«Vamos continuar a insistir e a denunciar os casos graves e de miséria por que passam ex-combatentes e seus familiares», sustentou.


Diário Digital / Lusa


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