sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

10 de Dezembro vigília - comunicado

SJ convoca vigília de apoio
à jornalista Maria João Barros
Face ao agravamento da situação existente na Delegação de Viseu da RTP e à incompreensível complacência da Direcção de Informação e do Conselho de Administração, não obstante as inúmeras diligências realizadas pela jornalista Maria João Barros e pelo Sindicato dos Jornalistas, a Direcção SJ convoca para quarta-feira, dia 10 de Dezembro - data em que se assinala o 60.º aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem - a partir das 18 horas, junto da delegação de Viseu da RTP, uma vigília de solidariedade pelos seguintes motivos:
1. Desde 28 de Agosto que a jornalista Maria João Barros, ao serviço da RTP na sua delegação de Viseu e membro da Direcção do SJ com responsabilidades no âmbito da negociação colectiva, se encontra desocupada, pois não lhe são atribuídas quaisquer tarefas profissionais.
2. A jornalista comparece regularmente no seu local de trabalho e informa a sua hierarquia sobre os eventos susceptíveis de tratamento jornalístico.
3. No entanto, a DI da RTP tem destacado sistematicamente equipas da delegação de Coimbra, mantendo a jornalista desocupada, o que representa uma humilhação inaceitável e uma afronta ao seu profissionalismo.
4. A incompreensível decisão de manter a jornalista desocupada ganhou contornos mais graves agora, que a RTP passou a destacar para os serviços apenas o repórter de imagem estagiário colocado na mesma delegação.
5. Os factos descritos são o corolário de uma sucessão de ocorrências de natureza disciplinar e criminal que a jornalista oportunamente participou à sua estrutura hierárquica e fundamentaram a apresentação de uma queixa-crime.
6. Com efeito, a jornalista participou de vários actos praticados contra si pelo repórter de imagem estagiário colocado na delegação, inclusivamente ameaças à sua integridade física, agressão e captação ilícita de imagens da sua pessoa.
7. A forma como a DI e o próprio Conselho de Administração da Empresa têm tratado este assunto indicia uma intenção de beneficiar o infractor e de afectar a dignidade da jornalista e de lhe criar um ambiente humilhante e desestabilizador que a levem a romper a sua relação de trabalho com a RTP.
8. A manter-se a situação descrita, tornam-se também legítimas as suspeitas de que a jornalista Maria João Barros está a ser alvo de retaliação por parte da empresa pelo facto de ser dirigente sindical e nessa condição intervir com persistência e denodo em defesa dos legítimos interesses dos jornalistas da RTP.
9. O SJ espera que os factos sejam rapidamente apurados em sede própria e exige que seja imediatamente garantido à jornalista o seu direito à ocupação efectiva.
10. O SJ apela à solidariedade de todos os jornalistas, em particular os seus camaradas ao serviço na RTP e na região de Viseu, para que transmitam o seu apoio à jornalista Maria João Barros e expressem o mais vivo repúdio pela situação inaceitável em que foi colocada e para que se juntem à vigília que a Direcção do SJ promove junto da delegação de Viseu da RTP no próximo dia 10 de Dezembro, a partir das 18 horas.
11. Por outro lado, o SJ manifesta a sua grande preocupação pela forma como a DI aceita displicentemente que a cobertura informativa feita pelo serviço público de televisão seja assegurada individualmente por um trabalhador que só pode exercer o jornalismo de forma tutelada.
12. Nesse sentido, o SJ apela igualmente às forças políticas e sociais, às autarquias e às instituições da região, para que expressem a sua preocupação pela degradação deliberada das condições de cobertura jornalística na área da delegação de Viseu.
Lisboa, 5 de Dezembro de 2008
A Direcção
Recorde-se que a Jornalista Maria João Barros trabalha para a RTP há cerca de 20 anos, com toda a lisura a que a profissão obriga. Em Fevereiro de 2006, aquando a visita do então Presidente da República, Jorge Sampaio, a Canas de Senhorim, Maria João Barros, que fazia a cobertura da notícia em directo para a RTPN, foi a única, de entre todos os jornalistas televisivos presentes, a colocar em directo os apupos e insultos proferidos a Jorge Sampaio. Tal acção valeu-lhe uma reprimenda por parte dos coordenadores da RTPN que lhe deram "instruções" para que as imagens não voltassem a ser difundidas... Fica o silêncio para reflexão!

8 comentários:

Anónimo disse...

Nem tudo o que parece é!Seria bom conhecer a "história" toda e então depois falar sobre o assunto.

Made in Viseu disse...

pois seria! e quem a quer contar????

Anónimo disse...

pois não foi a única jornalista a dar os insultos, a sic deu a antena 1 também, e desculpem me os que faltam.

Ja da lisurA TENHO DUVIDAS, POIS VIVE MARITALMENTE COM UM ADMINISTTRADOR DA VISABEIRA. E NÃO SE COIBE DE FAZER SO AS BOAS COBERTURAS SOBRE TUDO AQUILO QUE O GRUPO FAZ. O MAU COMO O MONTE DE TERRA EM RANHADOS QUE INCOMODAVA OS MORADORES DAQUELA ZONA DA CIDADE, NÃO SE VIU LA A RTP. LISURA ERA FAZER OBJECÇÃO DE CONCIÊCIA, E NÃO FAZER QUALQUER COBERTURA JORANLISTICA SOBRE TAL EMPRESA.

Anónimo disse...

Neste comunicado do sindicato de jornalistas, este orgão comete erros fulcrais ao código deontlógico dos joranlistas.

1- Não existe contrditório
2- Não existe presunção de inocência. Uma vez que o visado não pode ser acusado de um crime em não foi acusado pelos orgãos de justiça competentes nem tão pouco condenado.
3- A jornalista em causa não deveria utilizar o sindicato em que ocupa função directiva, para pedir uma vigilia em seu próprio beneficio.
4- Eu não sendo jornalista pelo que pode apurar. a mesma senhora trabalhou ainda em setembro e outubro no caso das belgas.
5- A RTP que se saiba não a acusou nem culpou qualquer uma das pessoas envolvidas,o processo interno ainda não terminou.
6- A classe jornalistica está muito mal servida com um sindicato destes.
7- Eu se fosse jornalista tinha vergonha de pertencer a um sindicato que põe colegas contra colegas.
8- Um sindicato que se mete em fediveres em vez de se procupar com os verdadeiros problemas da classe, os vinculos precários as mas remunerações os estágiorios que vêm das faculdades e anda a fazer e assinar peças, sem um tosto ganharem.

Devemos pensar que um sindicato que passa por cima do código deontológico dos jornalistas, da classe que defende. Se os seus comunicados podem ter alguma verdade, e se estes dirigentes têem capacidade para defender a classe. Deixo esta reflexão

Anónimo disse...

PELO QUE SE PODE LER NO COMUNICADO DO SINDICATO DOS JORNALISTAS, A VIGÍLIA MATCADA PARA O DIA 10, TEM COMO OBJECTIVO ATACAR UM OUTRO TRABALHADOR DA RTP E NÃO, DEFENDER A JORNALISTA EM CAUSA.O SINDICATO DOS JORNALISTAS DEVIA TER VERGONHA DO QUE ESTÁ A FAZER.

Anónimo disse...

SINDICATOS CONTRA TRABALHADORES?

Mas o que é isto? Um Sindicato a "fazer guerra" a um trabalhador com título de jornalista estagiário emitido pela autoridade competente? Afinal, os sindicatos não servem para defender TODOS OS TRABALHADORES? Ou será que só defende os membros da sua própria Direcção?

Anónimo disse...

Deviam era marcar uma vigilia contra o sindicato.

Bando de incompetentes, agarrados ao poder

Anónimo disse...

Quando um sindicato se dedica a defender uma comadre da direcção, ignorando a outra parte, está tudo dito quanto à falta de respeito pelos princípios éticos e deontológicos da própria classe que representa!
Tendo em conta os argumentos em que se baseia esta vigília, faço votos para que nenhum jornalista de Viseu marque presença nessa manifestação contra outro colega.