Um total de 17 120 desempregados (9926 mulheres), apurados em finais de Janeiro deste ano pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), colocam o distrito de Viseu no sétimo lugar do desemprego a nível nacional (3,9% de um total de 433 149).
Divulgados, ontem, no final de um plenário da União de Sindicatos de Viseu (USV), que debateu a situação social e laboral no distrito, os números revelam ainda que o desemprego subiu em quase todos os concelhos à excepção de Lamego (-9,3%), Penalva do Castelo (-15,1), Penedono (-15,6), Sátão (-1,6), Sernancelhe (-0,5) e Vila Nova de Paiva (-14,3).
O número de desempregados representa actualmente 25,22% da população activa. O desemprego de longa duração afecta 4959 pessoas e o registado entre jovens com idade inferior a 35 anos é de 7074.
"Estes dados não reflectem a efectiva realidade do desemprego no distrito porque se referem apenas a dois indicadores: inscritos para o primeiro emprego e para novo emprego", avisa João Serra, da USV. O sindicalista recorda ainda que os indicadores "não podem ser separados do crescente trabalho precário que atinge hoje 23% da população activa do país, sem incluir o falso trabalho independente".
A situação em que se encontram algumas das maiores empresas do distrito, parte das quais tem vindo a fechar, associada a factores externos e de natureza macroeconómica, leva a USV a exigir "medidas fortes de acompanhamento e responsabilização, quer do patronado quer do Governo". T.C.
in "JN"
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