Autarquia vai propor reuniões sectoriais com a Comissão Técnica de Acompanhamento da revisão do Plano Director Municipal de Viseu para resolver divergências pontuais das redes Agrícola e Ecológica.
Por: TERESA CARDOSO in "JN"
A decisão foi tomada pela Câmara Municipal de Viseu (CMV) depois de participar, anteontem, numa reunião plenária com as duas dezenas de entidades que integram a CTA. O vice-presidente da autarquia, Américo Nunes, considerou, ontem, que há aspectos mais amplos cuja discussão faz sentido neste fórum alargado - casos dos corredores para a Serra da Estrela (IC37), para a nova estrada que substituirá no futuro a actual EN 229 entre Viseu e Sátão e até para a Rede de Alta Velocidade -, mas há "divergências" pontuais que devem ser discutidas em encontros sectoriais.
"São sobretudo problemas relacionados com a Rede Ecológica Nacional (REN) e com a Rede Agrícola Nacional (RAN), sem dúvida as componentes mais sensíveis do ordenamento do território", explicou Américo Nunes.
O autarca admite que hoje não se pode construir em cima do rio Pavia, "como sucedeu há 50 ou 60 anos atrás", mas vai avisando que as autarquias também "não podem abrir mão das suas áreas de expansão, particularmente no mundo rural".
"Não são os técnicos de Lisboa que conhecem a realidade, mas as juntas e as câmaras", alerta Américo Nunes, que acredita ser possível "convergir sem entrar em ruptura".
Ontem, na reunião com as juntas de freguesia do concelho, onde este tema é colocado de forma recorrente, o presidente da CMV, Fernando Ruas, lembrou que há centenas de proprietários com "terrenos presos" à espera de corredores viários e ferroviários que "nunca mais chegam".
"É preciso decidir. E, neste momento, é bom que os cidadãos saibam que o PDM está a ser tratado fora da Câmara de Viseu", esclarece o autarca.
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