terça-feira, 29 de setembro de 2009

No Caldas há uma palavra para o PS: Não


No rescaldo das eleições legislativas de domingo que deram 10,5% e o terceiro lugar ao partido, Paulo Portas dedicou o dia às autárquicas. E foi ver 'Sacanas sem Lei'
Não, não e outra vez não. A recusa vem acompanhada de frases igualmente definitivas: "Só se fossemos suicidas"; "Não foi para isso que votaram em nós"; "Seria muito pouco inteligente fazer isso". O "isso", entenda-se, é um acordo do CDS com os socialistas. Os democratas-cristãos até soletram : "N-A-O".

Ontem, um dia depois dos 10,5% e dos 21 deputados à Assembleia da República, um resultado histórico para o partido, os telefones do Largo do Caldas (a sede do CDS) não pararam de tocar. Um alto dirigente centrista garante que nenhuma das chamadas veio do Largo do Rato (a sede do PS). João Almeida, secretário-geral do partido, explica de onde vieram muitas - os pedidos para a presença de dirigentes, e sobretudo do líder, Paulo Portas, em iniciativas da campanha para as autárquicas dispararam.

O day after das legislativas no CDS foi o primeiro dia do resto das autárquicas. Depois de ter passado a manhã a descansar, Portas esteve na sede durante a tarde, já a preparar o próximo escrutínio - até porque o líder democrata-cristão parte já amanhã novamente para a estrada. Sem a correria das legislativas: "Vai ser uma volta light", diz João Almeida.

Mas as primeiras conversas sobre a nova bancada também já começaram - nos próximos dias é tempo de definir áreas, lugares (o CDS terá agora a presidência de uma comissão), e estratégias. E se eventuais acordos com os socialistas ficarão para negociação caso a caso, os centristas não abrem o jogo para aquele que será o primeiro grande teste da legislatura - o Orçamento de Estado. "Não posso falar do que não conheço", afirmou ao DN Pedro Mota Soares, actual líder parlamentar e provável recandidato ao cargo.


Há, no entanto, outras contas que deixam os centristas a sorrir. Se o partido viveu os últimos anos em situação de "asfixia" financeira, o panorama promete agora mudar. Depois de ter feito uma campanha com um orçamento baixo, o CDS acaba este mês de pagar o empréstimo que mantinha na banca - e os 21 deputados vão garantir uma bem mais generosa subvenção pública.
Mas o day after de Paulo Portas não foi só política. Ontem, depois de um mês sem filmes, o presidente do CDS voltou ao cinema. Título escolhido: Sacanas sem Lei, de Quentin Tarantino.


in "DN"

1 comentário:

Anónimo disse...

é só para avisar, caso ainda se não tenham apercebido, que este blog está intransitável! Tem videos/imagens a mais e o pc engasga-se todo...

Convém ter menos videos em simultâneo, imagens mais leves e arquivar com mais frequência para a páguna não ficar tão comprida...