Iniciativa Amarelo Silvestre + Projecto Património – EMPÓRIO, em Viseu
Nós na Cidade e a Cidade em Nós a 3 tempos 3:
- Cápsula do Tempo (8 a 29 de Agosto)
- 29 do 8 (29 de Agosto)
- e ainda A_gosto (16 a 29 de Agosto)
CÁPSULA DO TEMPO
Abertura a 8 de Agosto, na Empório
MANUAL DE UTILIZAÇÃO
1 – A Projecto Património – EMPÓRIO e a Associação Cultural Amarelo Silvestre, associados na iniciativa “A_gosto da Cidade”, convidam a que participe…
2 – Seleccione/Crie um documento de/em/sobre a Viseu actual: um menu de restaurante, um bilhete de um espectáculo, um panfleto; tire uma fotografia (à casa; à família; ao carro; à secretária de trabalho; ao café do costume; ás ruas que percorre; ao animal de estimação; etc.), faça um desenho, escreva uma carta, elabore uma lista de compras. Em suma, alinhave o que o defina neste 2009 e passe-o a papel.
3 – Inscreva uma legenda no verso: quem é, e o que diz o documento de si. O porquê daquela referência.
4 – Dirija-se à EMPÓRIO (R. Silva Gaio nº29 – Viseu) entre os dias 8 e 29 de Agosto de 2009, e deposite no baú das nossas memórias de Hoje, a sua visão documentada.
5 – Espere 5 anos (até 2014) para maturação. Nessa altura a cápsula será reaberta e o conteúdo tornado público através de uma plataforma on-line.
6 – Seja Viseu também; o seu e o dos seus vizinhos.
29 do 8
A 29 de Agosto vamos questionar a cidade de Viseu; reflectir a cidade; ser cidade, estando na cidade, ouvindo quem faz a cidade e quem é a cidade.
Piquenique no Parque Aquilino Ribeiro (12h00 - 14h30)
A relação das pessoas na cidade, a relação das pessoas com a cidade. De que forma nos relacionamos COM OS ESPAÇOS PÚBLICOS que habitamos? De que forma nos relacionamos NOS ESPAÇOS PÚBLICOS que habitamos? Reflexão com almoço participado.
Percurso a pé até à Casa da Boneca - Praça D. Duarte (14h30 - 15h00)
Parque – Rossio – Rua da Paz - Rua dos Andrades – 4 Esquinas – Rua Formosa – Mercado 2 de Maio – Rua do Comércio - Praça D. Duarte. Os caminhos da cidade: olhemos quem passa, falemos de quem não passa, do que se passa, do que já não se passa, do que se poderia passar. Falemos deste agora, percorramos memórias, perspectivemos futuros.
Casa da Boneca (15h00 – 16h30)
Ouçamos as pessoas que foram sendo a cidade, nas últimas décadas, e que continuam a fazer a cidade das pessoas. João e Odete Nascimento têm cerca de 80 anos de idade e estão na Casa há cerca de 50 anos. Perguntemos pelas vivências que experimentaram, e experimentam, as pessoas na cidade. Que cidade foi sendo esta, em meio século que passou? Quem são as pessoas que fizeram a cidade? Quem são as pessoas que continuam a fazer a cidade?
Percurso a pé até ao EMPÓRIO - Rua Silva Gaio (16h30 - 17h00)
Praça D. Duarte - Largo da Sé - Largo da Misericórdia – Escadinhas - Rua Silva Gaio. Outra vez os caminhos da cidade.
EMPÓRIO (17h00 – 19h00)
Não-Lugares, conferência por Vítor Tavares. O que são Não-Lugares, numa cidade? O que são Lugares, numa cidade? Não-Lugares são lugares nenhuns?
Vítor Tavares, jovem natural de Cinfães, desenvolveu o conceito de Não-Lugares no curso de Mestrado em Arte Multimédia, na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (http://www.nao-lugares.com/).
Selagem da Cápsula do Tempo.
Noite n'O Lugar do Capitão – Rua do Gonçalinho
Projecção multimédia com as imagens de Não-Lugares, da autoria de Vítor Tavares, actualmente expostas no Centro Português de Fotografia, no Porto.
“e ainda A_gosto”
Três obras de José Crúzio n’O Lugar do Capitão, entre 16 a 29 de Agosto
“Soundscape (from ‘Invisible Cities’)”/2009
Instalação sonora reflectindo uma versão áudio de um quotidiano urbano. Partindo de uma das múltiplas e possíveis leituras de “As Cidades Invisíveis”, de Italo Calvino, o espectador é mergulhado numa ambiência na qual envolve a sua percepção, numa tentativa de “descodificação” e encontro de similitude com a sua vivência diária; o que passaria despercebido, no dia-a-dia, assume uma importância que o obriga a atentar aos mínimos pormenores.
“Suburbia (a night on Earth)#1”
Uma projecção de vídeo, com o mesmo e longo plano de um subúrbio, interpela o espectador, forçando-o a mirar uma realidade anónima que vivencia no quotidiano, mas numa perspectiva quase pictórica, como um quadro virtual, até ao ponto em que é contextualizado quanto à especificidade do local relativamente ao artista. A expressão “I’m surviving here, now” tenta reflectir a existência de uma ordem e espaço privado no meio de um caos urbanístico.
“Suburbia (under a same sky)#3”
Instalação constituída por coordenadas geográficas de vários pontos de uma cidade, ao nível do solo, não identificados senão por numerologia e, ainda assim, “invisíveis”. O chão, denominador comum das coordenadas, é “transfigurado” como obra de pendor estético, tentando-se proporcionar uma visão em paralelo com a consciência da “invisibilidade” dos pontos de intensa passagem de uma cidade, comuns a vários espectadores de diversas proveniências geográficas.
As imagens de A_gosto da cidade serão registadas por José Crúzio e Nuno Rodrigues (fotografia); por Luís Belo (ilustração); e pela Binaural (vídeo).
As palavras de A_gosto da cidade serão registadas por Liliana Garcia.
Os sons de A_gosto da cidade serão registados pela Binaural.
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