O presidente do município foi acusado através de uma carta de dar emprego a familiares de empreiteiros e de presidentes de junta, mas o tribunal apenas detectou algumas irregularidades na selecção de funcionários.
Uma funcionária da Câmara de Viseu, escreveu ao presidente a pedir uma promoção. Sem resposta volta a escrever nova carta onde discrimina várias acusações de empregos dados a familiares de empreiteiros, de presidentes de juntas e até do director dos Serviços Municipalizados. Fernando Ruas considerou a missiva injuriosa e remeteu o caso para tribunal que acabou por condenar a funcionária, que se mantém ao serviço, e censurar a câmara por várias irregularidades na admissão de pessoal. Porém considerou que o autarca não exerceu influência na admissão desses funcionários.
O caso remonta a Janeiro de 2006 quando uma assistente administrativa escreveu a Fernando Ruas a solicitar uma promoção para "poder usufruir de uma reforma maior". Na mesma missiva Edite Ferreira pedia ainda "emprego para a filha". Em Abril desse ano e sem resposta, a assistente administrativa voltou a escrever novamente ao autarca onde ameaçava contar o caso ao PS e ao primeiro-ministro.
Ao DN Fernando Ruas contou que sempre tratou "todo este caso com muito cuidado". E recordou que, "da primeira carta", falou com a funcionária "para esclarecer as queixas". Mas ao receber a segunda carta achou que o assunto "estava a ultrapassar os limites" e remeteu o processo para tribunal "ao mesmo tempo" que intentou um "processo disciplinar".
por AMADEU ARAÚJO in "DN"
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