A vereadora socialista da Câmara Municipal de Vouzela, Carmo Bica, 'vislumbrou', na sessão camarária, uma proposta de estudo para um metro de superfície, uma proposta, aliás, daquelas que só as tem quem é capaz de "ver ao longe"...
Em seguida, o excerto da sessão:
(dado o conteúdo hilariante do excerto, não resistimos a colocar a Tag "Humor" neste post)
Carmo Bica - Nós propomos que a Câmara Municipal de Vouzela faça as seguintes propostas de obras para serem inscritas no PIDDAC, através dos canais competentes faça chegar o mais rapidamente à Assembleia da República as seguintes propostas:
Primeiro: ligação do nó de Ventosa da A25 a S. Pedro do Sul, passando por Fataunços. Propõem-se que se inscreva uma verba de 100 mil euros para estudos e projectos.
Segundo ponto: metro de superfície entre Oliveira de Frades e S. Pedro do Sul. É uma obra que favorece a coesão territorial entre os três concelhos na medida em que proporciona mobilidade à população residente, mobilidade permanente, e pode criar sinergias a partir das termas de São Pedro do sul. Propõe-se que se inscreve 250 mil euros para estudos.
Terceira obra: estrada nacional nº 16. Propõe-se a inscrição no PIDDAC de 60 mil euros para estudos e projecto.
Quarta obra: inscrição de 150 mil euros para projecto, para novo projecto da barragem de Portoelhas.
Telmo Antunes - Em relação ao metro de superfície, eu ao ouvir isto a primeira vez da parte da srª engenheira pensei que era anedota, mas a sua insistência nesta obra de facto revela aqui já algum problema que eu não consigo detectar do ponto de vista político, poderá haver uma interpretação qualquer… metafísica… não sei por que.. de facto é uma coisa de tal maneira absurda que… eu não consigo perceber como é que se pode defender uma região, um investimento deste, quando temos as indústrias de transporte e os metros deste país, absolutamente falidos. E portanto, onde é que a senhora vai buscar a população, para andar aí a transportar de manhã à noite, para fazer a viabilização deste metro de superfície, onde é que estão feitos os estudos de viabilidade económica e financeira para este projecto, e portanto… e aliás por onde é que iria passar… sei era pela antiga linha, deitando os prédios que estão construídos abaixo… quer dizer…
Senhora Engenheira, a senhora que é investidora faça o investimento! Quer dizer, se acha que este metro de superfície e rentável... invista! Constitua uma empresa e invista no metro de superfície e portanto, faça aí o comboiozinho andar de manhã à noite de um lado para o outro a transportar não sei quem… mas… nem sei para onde… mas faça o comboiozinho andar aí de manhã à noite a transportar as pessoas… E faça isso com o seu dinheiro porque dinheiro público nesta área, neste negócio, acho que era absolutamente impensável. Mas… insiste tanto… quer dizer… eu… começo a pensar que isto de facto é um problema que me ultrapassa, e portanto esta questão do metro de superfície, pensava que era uma anedota, que era algo que mereceria o Óscar da pior representação, mas afinal não… continua a insistir e portanto… não sei onde é que vai buscar este tipo de ideias, mas da parte da câmara não tem o mínimo patrocínio para isto, porque absolutamente não é justificável, é financeiramente ruinoso e portanto não vejo onde é que há entendimento de chegada a este tipo de argumentação, a este projecto…
Carmo Bica - Pois quando diz que não percebe as minhas propostas… claro que para perceber determinadas propostas é preciso ter capacidade de ver ao longe… é preciso ter capacidade de uma análise prospectiva e de ver o futuro. Quando eu me refiro ao metro de superfície… e essa capacidade nem toda a gente tem, de facto é uma capacidade que pertence a algumas pessoas, uns têm outros não têm…
(Telmo Antunes profere alguns comentários inaudíveis)
Carmo Bica - desculpe senhor presidente…
(Telmo Antunes profere alguns comentários inaudíveis)
Carmo Bica - desculpe senhor presidente…
(Telmo Antunes profere alguns comentários inaudíveis)
Carmo Bica - desculpe senhor presidente… posso…
(Telmo Antunes profere alguns comentários inaudíveis)
Carmo Bica - posso continuar?...
(Telmo Antunes profere alguns comentários inaudíveis)
Carmo Bica - posso continuar?... portanto quando eu defendo o metro de superfície é por umas razões: tirando partido da linha do caminho de ferro, é preciso de facto pensarmos num meio de transporte que ligue as três vilas do concelho, da região de Lafões, ligue em permanência as três vilas, esta pode ser uma alternativa. E se reparar eu não propus que se inscreva no PIDDAC uma proposta para a execução da obra, nem tão pouco para o projecto. Portanto, eu propus que se estude, que se estude a viabilidade, portando quando me faz perguntas sobre o estudo está já a tentar desviar a discussão. O que eu proponho é que se estude. É preciso criar condições para que as pessoas que vem para as termas se desloquem pelo resto da região. É preciso criar condições para que as pessoas se desloquem com facilidade dentro da região. Numa época em que é preciso ter cuidado com o ambiente e com a degradação do ambiente, é preciso pensar em meios de transporte alternativos não poluentes. Esta pode ser uma alternativa. E eu digo pode e o que proponho é que se estude.
Telmo Antunes - Em relação à capacidade de ver ao longe, senhora vereadora, eu lembro-lhe o seguinte: a sua militância no bloco soviético, comunista, trotskista, leninista, que durante anos a sua capacidade de ver ao longe foi a defender o indefensável, e portanto, enquanto que aqui…até a Checoslováquia acordou para isso antes da senhora vereadora… e portanto a sua capacidade de ver ao longe foi essa.. durante anos… foi preciso cair o muro de Berlim, foi preciso uma quantidade de situações que aconteceram no mundo, para que a sua capacidade de ver ao longe fosse efectivamente concretizada, por que já nós andávamos aqui a lutar pela democracia há muitos anos e continuava a defender os partidos e os países do bloco oeste. E portanto a sua capacidade de ver ao longe resume-se a isso. E seja feita história. Quanto ao resto não lhe reconheço nenhuma capacidade de ver ao longe em coisa nenhuma, em projecto nenhum… aliás agora anda aí empenhada, empenhadíssima, a dar cobertura a causas absolutamente perdidas, mas de qualquer forma, dizer-lhe o seguinte: que não representa 40 por cento dos eleitores do partido socialista, pois se for perguntar aos seus colegas, nenhum, aliás poucos concordarão com as suas propostas, e portanto pergunte-lhes, ponha à votação as suas propostas e pergunte-lhes se a senhora representa 40 por cento, ou representa 5, como foi da última vez que foi a votos, se representa 40 se representa 5, e portanto relativamente a isso podemos estar conversados.
A questão do metro de superfície… ou o que quer que eu lhe chame… vai ser feita novamente a candidatura para um estudo da mobilidade no território de Lafões, a primeira foi chumbada, vai ser feito novamente um estudo sobre isto. Agora, por favor, chame-lhe o que quiser, chamar-lhe metro de superfície é absolutamente uma ideia que concorre para o Óscar da pior ideia do negócio mais ‘relegoso’ que se pode apresentar a uma região. É verdade! Quer dizer, não há sustentabilidade num metro de Lisboa que tem três milhões de potenciais clientes e nós temos sustentabilidade num metro de superfície com vinte quilómetros de rede para quê? Para vinte mil habitantes? Para cinco mil habitantes? Para mil habitantes? Por favor.. acho que nós devemos ter ideias, devemos defender projectos, devemos até ter alguma visão utópica, mas isso… deixe… não sei o que é que lhe possa dizer… mas se quiser insistir no assunto, volte a insistir no assunto… a senhora é que fica bem vista na fotografia, não sou eu que fico bem visto na fotografia…
Viriato Garcês – O que vejo todos os dias em Viseu, um mau exemplo se calhar… temos lá um metro que levas as pessoas…
(Telmo Antunes refere algo inaudível)
Viriato Garcês - Um quê? Meio metro? Meio metro e pelos vistos constantemente vazio, e a gente às vezes se calhar questiona como é que se gasta tanto dinheiro em coisas como estas…opá mas tudo bem… houve possibilidades…
(Carmo Bica refere algo inaudível)
Viriato Gracês - … com certeza… acho… só podemos tirar ilações… se calhar não tem pernas para andar uma situação destas… não tem… agora, como todas as ideias às vezes por mais disparatadas que possam ser às vezes até se descobre que têm algum fundamento, portanto… falou-se aqui num estudo, falou-se aqui num estudo…
Telmo Antunes – O estudo vai ser feito.
Viriato Garcês – Diga?
Telmo Antunes – O estudo vai ser feito.
Viriato Garcês – Prontos! Portanto a nossa posição, acho que devemos hierarquizar o que é que é prioritário. Para mim é de extrema importância o primeiro ponto, a tutela diferente acho que deve ter um esforço se calhar… e é nos próximos tempos, nos próximos tempos… isto acho que é o que é de mais importante.
(dado o conteúdo hilariante do excerto, não resistimos a colocar a Tag "Humor" neste post)
Carmo Bica - Nós propomos que a Câmara Municipal de Vouzela faça as seguintes propostas de obras para serem inscritas no PIDDAC, através dos canais competentes faça chegar o mais rapidamente à Assembleia da República as seguintes propostas:
Primeiro: ligação do nó de Ventosa da A25 a S. Pedro do Sul, passando por Fataunços. Propõem-se que se inscreva uma verba de 100 mil euros para estudos e projectos.
Segundo ponto: metro de superfície entre Oliveira de Frades e S. Pedro do Sul. É uma obra que favorece a coesão territorial entre os três concelhos na medida em que proporciona mobilidade à população residente, mobilidade permanente, e pode criar sinergias a partir das termas de São Pedro do sul. Propõe-se que se inscreve 250 mil euros para estudos.
Terceira obra: estrada nacional nº 16. Propõe-se a inscrição no PIDDAC de 60 mil euros para estudos e projecto.
Quarta obra: inscrição de 150 mil euros para projecto, para novo projecto da barragem de Portoelhas.
Telmo Antunes - Em relação ao metro de superfície, eu ao ouvir isto a primeira vez da parte da srª engenheira pensei que era anedota, mas a sua insistência nesta obra de facto revela aqui já algum problema que eu não consigo detectar do ponto de vista político, poderá haver uma interpretação qualquer… metafísica… não sei por que.. de facto é uma coisa de tal maneira absurda que… eu não consigo perceber como é que se pode defender uma região, um investimento deste, quando temos as indústrias de transporte e os metros deste país, absolutamente falidos. E portanto, onde é que a senhora vai buscar a população, para andar aí a transportar de manhã à noite, para fazer a viabilização deste metro de superfície, onde é que estão feitos os estudos de viabilidade económica e financeira para este projecto, e portanto… e aliás por onde é que iria passar… sei era pela antiga linha, deitando os prédios que estão construídos abaixo… quer dizer…
Senhora Engenheira, a senhora que é investidora faça o investimento! Quer dizer, se acha que este metro de superfície e rentável... invista! Constitua uma empresa e invista no metro de superfície e portanto, faça aí o comboiozinho andar de manhã à noite de um lado para o outro a transportar não sei quem… mas… nem sei para onde… mas faça o comboiozinho andar aí de manhã à noite a transportar as pessoas… E faça isso com o seu dinheiro porque dinheiro público nesta área, neste negócio, acho que era absolutamente impensável. Mas… insiste tanto… quer dizer… eu… começo a pensar que isto de facto é um problema que me ultrapassa, e portanto esta questão do metro de superfície, pensava que era uma anedota, que era algo que mereceria o Óscar da pior representação, mas afinal não… continua a insistir e portanto… não sei onde é que vai buscar este tipo de ideias, mas da parte da câmara não tem o mínimo patrocínio para isto, porque absolutamente não é justificável, é financeiramente ruinoso e portanto não vejo onde é que há entendimento de chegada a este tipo de argumentação, a este projecto…
Carmo Bica - Pois quando diz que não percebe as minhas propostas… claro que para perceber determinadas propostas é preciso ter capacidade de ver ao longe… é preciso ter capacidade de uma análise prospectiva e de ver o futuro. Quando eu me refiro ao metro de superfície… e essa capacidade nem toda a gente tem, de facto é uma capacidade que pertence a algumas pessoas, uns têm outros não têm…
(Telmo Antunes profere alguns comentários inaudíveis)
Carmo Bica - desculpe senhor presidente…
(Telmo Antunes profere alguns comentários inaudíveis)
Carmo Bica - desculpe senhor presidente…
(Telmo Antunes profere alguns comentários inaudíveis)
Carmo Bica - desculpe senhor presidente… posso…
(Telmo Antunes profere alguns comentários inaudíveis)
Carmo Bica - posso continuar?...
(Telmo Antunes profere alguns comentários inaudíveis)
Carmo Bica - posso continuar?... portanto quando eu defendo o metro de superfície é por umas razões: tirando partido da linha do caminho de ferro, é preciso de facto pensarmos num meio de transporte que ligue as três vilas do concelho, da região de Lafões, ligue em permanência as três vilas, esta pode ser uma alternativa. E se reparar eu não propus que se inscreva no PIDDAC uma proposta para a execução da obra, nem tão pouco para o projecto. Portanto, eu propus que se estude, que se estude a viabilidade, portando quando me faz perguntas sobre o estudo está já a tentar desviar a discussão. O que eu proponho é que se estude. É preciso criar condições para que as pessoas que vem para as termas se desloquem pelo resto da região. É preciso criar condições para que as pessoas se desloquem com facilidade dentro da região. Numa época em que é preciso ter cuidado com o ambiente e com a degradação do ambiente, é preciso pensar em meios de transporte alternativos não poluentes. Esta pode ser uma alternativa. E eu digo pode e o que proponho é que se estude.
Telmo Antunes - Em relação à capacidade de ver ao longe, senhora vereadora, eu lembro-lhe o seguinte: a sua militância no bloco soviético, comunista, trotskista, leninista, que durante anos a sua capacidade de ver ao longe foi a defender o indefensável, e portanto, enquanto que aqui…até a Checoslováquia acordou para isso antes da senhora vereadora… e portanto a sua capacidade de ver ao longe foi essa.. durante anos… foi preciso cair o muro de Berlim, foi preciso uma quantidade de situações que aconteceram no mundo, para que a sua capacidade de ver ao longe fosse efectivamente concretizada, por que já nós andávamos aqui a lutar pela democracia há muitos anos e continuava a defender os partidos e os países do bloco oeste. E portanto a sua capacidade de ver ao longe resume-se a isso. E seja feita história. Quanto ao resto não lhe reconheço nenhuma capacidade de ver ao longe em coisa nenhuma, em projecto nenhum… aliás agora anda aí empenhada, empenhadíssima, a dar cobertura a causas absolutamente perdidas, mas de qualquer forma, dizer-lhe o seguinte: que não representa 40 por cento dos eleitores do partido socialista, pois se for perguntar aos seus colegas, nenhum, aliás poucos concordarão com as suas propostas, e portanto pergunte-lhes, ponha à votação as suas propostas e pergunte-lhes se a senhora representa 40 por cento, ou representa 5, como foi da última vez que foi a votos, se representa 40 se representa 5, e portanto relativamente a isso podemos estar conversados.
A questão do metro de superfície… ou o que quer que eu lhe chame… vai ser feita novamente a candidatura para um estudo da mobilidade no território de Lafões, a primeira foi chumbada, vai ser feito novamente um estudo sobre isto. Agora, por favor, chame-lhe o que quiser, chamar-lhe metro de superfície é absolutamente uma ideia que concorre para o Óscar da pior ideia do negócio mais ‘relegoso’ que se pode apresentar a uma região. É verdade! Quer dizer, não há sustentabilidade num metro de Lisboa que tem três milhões de potenciais clientes e nós temos sustentabilidade num metro de superfície com vinte quilómetros de rede para quê? Para vinte mil habitantes? Para cinco mil habitantes? Para mil habitantes? Por favor.. acho que nós devemos ter ideias, devemos defender projectos, devemos até ter alguma visão utópica, mas isso… deixe… não sei o que é que lhe possa dizer… mas se quiser insistir no assunto, volte a insistir no assunto… a senhora é que fica bem vista na fotografia, não sou eu que fico bem visto na fotografia…
Viriato Garcês – O que vejo todos os dias em Viseu, um mau exemplo se calhar… temos lá um metro que levas as pessoas…
(Telmo Antunes refere algo inaudível)
Viriato Garcês - Um quê? Meio metro? Meio metro e pelos vistos constantemente vazio, e a gente às vezes se calhar questiona como é que se gasta tanto dinheiro em coisas como estas…opá mas tudo bem… houve possibilidades…
(Carmo Bica refere algo inaudível)
Viriato Gracês - … com certeza… acho… só podemos tirar ilações… se calhar não tem pernas para andar uma situação destas… não tem… agora, como todas as ideias às vezes por mais disparatadas que possam ser às vezes até se descobre que têm algum fundamento, portanto… falou-se aqui num estudo, falou-se aqui num estudo…
Telmo Antunes – O estudo vai ser feito.
Viriato Garcês – Diga?
Telmo Antunes – O estudo vai ser feito.
Viriato Garcês – Prontos! Portanto a nossa posição, acho que devemos hierarquizar o que é que é prioritário. Para mim é de extrema importância o primeiro ponto, a tutela diferente acho que deve ter um esforço se calhar… e é nos próximos tempos, nos próximos tempos… isto acho que é o que é de mais importante.
Sem comentários:
Enviar um comentário