Reivindicar a Faculdade de Medicina
Por: Almeida Henriques
A última semana fica marcada pelas declarações do Presidente do Conselho de Administração do Hospital de S. Teotónio de Viseu, defendendo a criação de um curso de Medicina no Concelho, não colocando de parte que este seja oferecido por um estabelecimento de ensino superior que não seja público.
De facto, há muitos anos que o nosso Hospital se tem vindo a preparar para isso, digeriu com dificuldade o termos sido preteridos pelo Governo de António Guterres bem como as duas vezes em que o Governo Sócrates preferiu Faro e Aveiro para colocar Faculdades de Medicina.
É também um facto que, no dia-a-dia, já dá estágios a jovens oriundos do curso de Medicina do Instituto Piaget de Angola e que vai dar apoio ao curso de medicina de Aveiro.
O Instituto Piaget aguarda há anos a aprovação da Faculdade de Medicina, tem instalações prontas e algumas equipadas, mesmo que o Governo não dê importância a este projecto, a verdade é que já demonstraram know-how noutras áreas e também nesta.
Ao mesmo tempo, a Universidade Católica tem um prestigiado curso de Medicina Dentária, os primeiros anos são comuns, aliás, na fundação deste curso a expectativa era que evoluísse para Faculdade de Medicina.
A Escola Superior de Saúde está "paredes meias" com a Católica, tem prestigio, está há alguns anos à espera da homologação de novos cursos.
Não faltam, pois, argumentos que sustentem a reivindicação do Dr. Alexandre Ribeiro, tem todo o nosso apoio.
Pena que a sua intervenção não tenha sido secundada pelo Sr. Secretário de Estado do Poder Local, que se limitou a dizer que é "uma boa ambição" sublinhando que é "preciso valorizar aquilo que já existe".
Não está em causa a valorização do que já existe, mas era um bom momento para fazer valer a sua condição de governante oriundo de Viseu e fazer "coro" e "lobby" em torno desta ambição.
E que dizer do Sr. Governador Civil, sempre "mudo" em tudo o que pode ser estruturante para Viseu, aparece em todas as fotografias mas não acrescenta nada.
De facto, para que serva a dispendiosa estrutura do Governo Civil, com chefe de gabinete, adjuntos e secretárias? Para fazer as honras da casa quando os governantes nos visitam, servindo de "dama de companhia"? Para prosseguir uma estratégia de campanha permanente do Governo no Distrito e ajudar a consolidar o "poder socialista" nas autarquias recentemente conquistadas?
O que temos visto é uma continuada e inconsequente jornada de propaganda pelos municípios socialistas, um branqueamento do "desastroso" resultado autárquico "premiado" com a nomeação governamental, comportando-se como de um vitorioso e legitimado pelo voto popular se tratasse.
Dar utilidade ao cargo seria cerrar fileiras em torno de reivindicações estruturantes para o Distrito, como o curso de medicina, ou fazendo "pressão" junto do Ministro do Ensino Superior para dar resposta à carta da Assembleia Municipal do Inicio de Janeiro, ainda sem resposta.
Para relações públicas e estrutura de acolhimento aos governantes, bastam os municípios que faziam muito bem esse papel.
Espero que esta crónica tenha o efeito de fazer despertar consciências e que vejamos as várias entidades que têm "poder", usá-lo para fazer coro com a justa reivindicação deixada pelo Sr. Presidente do Conselho de Administração do Hospital de S. Teotónio de Viseu.
*António Almeida Henriques Deputado do PSD
Por: Almeida Henriques
A última semana fica marcada pelas declarações do Presidente do Conselho de Administração do Hospital de S. Teotónio de Viseu, defendendo a criação de um curso de Medicina no Concelho, não colocando de parte que este seja oferecido por um estabelecimento de ensino superior que não seja público.
De facto, há muitos anos que o nosso Hospital se tem vindo a preparar para isso, digeriu com dificuldade o termos sido preteridos pelo Governo de António Guterres bem como as duas vezes em que o Governo Sócrates preferiu Faro e Aveiro para colocar Faculdades de Medicina.
É também um facto que, no dia-a-dia, já dá estágios a jovens oriundos do curso de Medicina do Instituto Piaget de Angola e que vai dar apoio ao curso de medicina de Aveiro.
O Instituto Piaget aguarda há anos a aprovação da Faculdade de Medicina, tem instalações prontas e algumas equipadas, mesmo que o Governo não dê importância a este projecto, a verdade é que já demonstraram know-how noutras áreas e também nesta.
Ao mesmo tempo, a Universidade Católica tem um prestigiado curso de Medicina Dentária, os primeiros anos são comuns, aliás, na fundação deste curso a expectativa era que evoluísse para Faculdade de Medicina.
A Escola Superior de Saúde está "paredes meias" com a Católica, tem prestigio, está há alguns anos à espera da homologação de novos cursos.
Não faltam, pois, argumentos que sustentem a reivindicação do Dr. Alexandre Ribeiro, tem todo o nosso apoio.
Pena que a sua intervenção não tenha sido secundada pelo Sr. Secretário de Estado do Poder Local, que se limitou a dizer que é "uma boa ambição" sublinhando que é "preciso valorizar aquilo que já existe".
Não está em causa a valorização do que já existe, mas era um bom momento para fazer valer a sua condição de governante oriundo de Viseu e fazer "coro" e "lobby" em torno desta ambição.
E que dizer do Sr. Governador Civil, sempre "mudo" em tudo o que pode ser estruturante para Viseu, aparece em todas as fotografias mas não acrescenta nada.
De facto, para que serva a dispendiosa estrutura do Governo Civil, com chefe de gabinete, adjuntos e secretárias? Para fazer as honras da casa quando os governantes nos visitam, servindo de "dama de companhia"? Para prosseguir uma estratégia de campanha permanente do Governo no Distrito e ajudar a consolidar o "poder socialista" nas autarquias recentemente conquistadas?
O que temos visto é uma continuada e inconsequente jornada de propaganda pelos municípios socialistas, um branqueamento do "desastroso" resultado autárquico "premiado" com a nomeação governamental, comportando-se como de um vitorioso e legitimado pelo voto popular se tratasse.
Dar utilidade ao cargo seria cerrar fileiras em torno de reivindicações estruturantes para o Distrito, como o curso de medicina, ou fazendo "pressão" junto do Ministro do Ensino Superior para dar resposta à carta da Assembleia Municipal do Inicio de Janeiro, ainda sem resposta.
Para relações públicas e estrutura de acolhimento aos governantes, bastam os municípios que faziam muito bem esse papel.
Espero que esta crónica tenha o efeito de fazer despertar consciências e que vejamos as várias entidades que têm "poder", usá-lo para fazer coro com a justa reivindicação deixada pelo Sr. Presidente do Conselho de Administração do Hospital de S. Teotónio de Viseu.
*António Almeida Henriques Deputado do PSD
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